terça-feira, 1 de junho de 2010

Santos diz querer 'copiar' Lula no combate à pobreza
Candidato governista ao 2º turno da Colômbia diz ser amigo de Serra; Mockus afirma se inspirar em política fiscal do Brasil.


O candidato conservador Juan Manuel Santos, favorito na disputa do segundo turno presidencial na Colômbia, disse que os programas sociais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são uma "lição" e afirmou querer "copiar" os programas sociais do Brasil para combater a pobreza em seu país.
"Tudo que foi feito na parte social me parece que é uma lição e vou ver se posso copiar, no bom sentido da palavra, algumas dessas iniciativas que ele (Lula) teve para reduzir a pobreza no Brasil", afirmou Santos à BBC Brasil em entrevista concedida na sede de seu comitê de campanha em Bogotá.
O candidato que vencer o segundo turno na Colômbia herdará da administração Álvaro Uribe um país com 20 milhões de pobres, uma redução de 5,2% em relação a 2002, quando assumiu o poder, e com 12% de desempregados, uma das mais altas taxas da América Latina.

Santos disse que em um eventual governo seu buscará melhorar as relações com o Brasil.
"É um namoro que está crescendo, cada vez mais temos mais investimentos do Brasil na Colômbia (...) e pretendo continuar e melhorar isso para ter melhores relações com o Brasil", afirmou.
Santos que disse "admirar" o presidente Lula e admitiu ser "amigo pessoal" do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Questionado se teria preferência entre uma ou outra candidatura, disse não ter preferência.
"Eu conheço muito bem a José Serra, é um amigo pessoal. Não conheço a outra candidata, mas faria mal em emitir uma opinião que fosse interpretada como intromissão", afirmou.


Política fiscal


O adversário de Santos no segundo turno, o candidato do partido Verde Antanas Mockus, disse no domingo que também pretende se inspirar na política fiscal do governo brasileiro para implementar reformas sociais.
"Acredito que a seriedade fiscal, que usualmente é vista como qualidade da direita, ajuda a cumprir objetivos sociais, que são vistos como (políticas) de esquerda", afirmou Mockus à BBC Brasil.
Durante a campanha, Mockus já havia citado a política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como modelo, principalmente para se relacionar com governos de posições antagônicas, como Venezuela e Estados Unidos.
Santos e Mockus se enfrentarão novamente nas urnas em 20 de junho, quando os colombianos decidirão o futuro presidente do país.



G1.com

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