terça-feira, 15 de junho de 2010

Lula anuncia se veta reajuste a aposentados

Presidente também decide se mantém o fim do fator previdenciário.
Data final para vetar temas aprovados pelo Congresso acaba nesta terça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia nesta terça-feira (15) se vai vetar ou sancionar o reajuste de 7,7% aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo e se mantém o fim do fator previdenciário, que limita o valor dos benefícios pagos pela Previdência. O reajuste e o fim do fator previdenciário foram aprovados pelo Senado no dia 19 de maio, depois de passar pela Câmara.

Esta terça é a data-limite para o presidente anunciar sua decisão. O impacto negativo de um eventual veto ao reajuste dos aposentados deve ser reduzido pela expectativa da estreia do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul, às 15h30, contra a Coreia do Norte.

Na sexta-feira passada (11), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente pretendia ter mais uma conversa sobre o tema com a equipe econômica antes de anunciar sua decisão. Se depender dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), Lula deve vetar as duas propostas.

Segundo os ministros, as contas públicas não suportam reajuste superior a 6,14%. Ambos já recomendaram ao presidente que vete as matérias, porque as contas do governo não suportariam o aumento de despesa.

O próprio presidente já sinalizou que deve vetar o reajuste. Nesta segunda, em Minas Gerais, o presidente afirmou que não se deixaria “seduzir” pela questão em um ano eleitoral. “Vou fazer aquilo que tiver que fazer, aquilo que for melhor para o Brasil e aquilo que for melhor para todo mundo”, declarou o presidente. "Não pensem que eu me deixarei seduzir por qualquer extravagância que alguém queira fazer por conta do processo eleitoral" (veja vídeo acima).

A proposta inicial do governo era de um reajuste de 6,14% aos benefícios, retroativos a janeiro deste ano. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), chegou a alterar o índice para 7% antes da votação, num acerto com o governo para reduzir a pressão da oposição por um reajuste maior. Ainda assim, o índice de 7,7% acabou sendo aprovado na Câmara e depois no Senado.











Nome: Rodrigo Nº6

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